Inclusão

  • Berufskolleg Deutzer Freiheit

     

    Participantes: Ana Rosa Malheiro, Isabel Rodrigues, Maria de Fátima Coelho (este grupo incluiu 2 professoras e uma assistente operacional)

    Local: Colónia, Alemanha

    Duração: 5 dias

    Instituição: Berufskolleg Deutzer Freiheit - Escola Secundária Profissional com alunos com idades compreendidas entre os 16 e 25 anos

    Site: https://berufskolleg-deutzer-freiheit.de/

    Programa

    Job shadowing-Wochenplan.pdf

     

    Relatório

    Reflexão_Job Shadowing Colónia.pdf

     

    Registos fotográficos:

    Berufskolleg Deutzer Freiheit - Grupo de trabalho

    "Hospitation" - Aula de Economia - Curso de Secretariado

    Reunião de trabalho - Comparação da legislação vigente nos dois países

    Experiência de "Blind Soccer" na Universidade de Desporto

    Galeria de Arte para ocupação/ emprego de adultos com incapacidades físicas ou intelectuais

    Visita guiada a Colónia - percurso para invisuais

    Reunião de trabalho em Gesamtschule: gestão da inclusão de alunos com necessidades especiais numa escola vocacional

    A inclusão pela arte - Gesamtschule (comprehensive school)

     

    A oportunidade de participar numa formação em Job Shadowing resultou numa excelente experiência de observação e compararação de práticas, recursos, metodologias e termos associados à inclusão. Acabou por se revelar uma surpresa verificar que o conceito de inclusão na Alemanha é, em termos escolares, indissociável da integração de crianças de outras nacionalidades, refugiadas ou emigrantes, e muito menos associada a necessidades educativas especiais.

    Pudemos assim constatar que em escolas equivalentes às existentes no nosso Agrupamento quanto à faixa etária, a inclusão estende-se a alunos com total independência e autonomia na mobilidade, com capacidades de aprendizagens pouco comprometidas. Alunos com deficiência mais acentuada frequentam escolas especializadas. Ainda assim, verificamos a existência de grande interesse e investimento no sucesso dos alunos, através da contratação de professores especializados em educação especial para leccionar nas turmas as suas disciplinas de formação base enquanto professores (Matemática, Alemão, Inglês...), da mesma forma que em determinadas escolas, correspondentes ao nosso ensino básico, as aulas das disciplinas com mais insucesso eram dadas em sistema de coadjuvação. Os professores de educação especial na realidade eram titulares de algumas disciplinas, colocando assim em prática o ensino diferenciado em sala de aula, na turma e não em sistema de apoio individual. Havia um único professor por escola, também de educação especial, encarregue da organização dos processos educativos dos alunos, basicamente um trabalho apenas administrativo.

    Este Job Shadowing incluiu duas docentes e uma assistente operacional. O papel do assistente operacional é o de apoiar as práticas docentes em escolas especializadas, assim como o de prestar apoio de caráter assistencial aos alunos (alimentação, deslocação, higiene). Em suma, na Alemanha mais recursos humanos, melhores condições físicas, menos alunos por turma e/ou dois professores por turma. Em Portugal, inclusão de todos sem olhar a "graus" de deficiência ou dificildade, há existência, ou não, de recursos humanos. Políticas educativas, portanto. Somos fortes na sobejamente conhecida arte de "make omelets without eggs". Parabéns a nós, porque apesar de tudo conseguimos e com os recursos que temos fazemos um bom trabalho!