Em 1975 é institucionalizada em Portugal a Educação Ambiental (EA), mas só em 1986, com a adesão à União Europeia é que Portugal acaba por ser confrontado com exigências de intensificação das medidas políticas, vindo a Lei de Bases do Sistema Educativo a contemplar a EA em todos os níveis de ensino. Em 1987, as Nações Unidas estabelecem como meta global o Desenvolvimento Sustentável (DS), e nesta altura é explorada a ideia da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS). Portugal teve um percurso bastante lento, relativamente aos outros países da europa, no que respeita ao estabelecimento e implementação de medidas legislativas no âmbito da Educação Ambiental. Contudo, nas sociedades contemporâneas é essencial que a literacia ambiental faça parte da cultura geral, de todos os cidadãos. No entanto, sabe-se que ainda há muito trabalho a fazer neste domínio, sendo fundamental iniciar um processo de aprendizagem e sensibilização aos mais novos, para que não continuemos numa sociedade de risco em termos ambientais. É urgente a mudança de atitudes e comportamentos, de modo a promover-se uma sustentabilidade dos recursos naturais. A EA deverá ser uma modalidade de aprendizagem permanente e alargada a uma componente de educação não formal, não cabendo apenas à escola a responsabilidade de incutir estes princípios, a cada um dos cidadãos, mas a toda a sociedade. Assim, achou-se pertinente envolver professores, alunos e famílias, de modo a alargarem-se conhecimentos que possibilitem alertar, sensibilizar, consciencializar e dotar de informação relevante, a restante comunidade educativa, bem como outros agentes sociais, na tentativa de mitigar os efeitos adversos que estão a surgir nas sociedades atuais. Este projeto é transversal às variadas áreas de competências contempladas no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, abrangendo ainda os princípios explanados no mesmo documento orientador, como é o caso do princípio de base humanista, a aprendizagem, a inclusão e a sustentabilidade.